Os afloramentos da base do Mesozóico português na região centro, assentam discordantemente sobre materiais do Maciço Hespérico e correspondem a depósitos detríticos que se encontram dispostos segundo uma faixa alongada (Aveiro – Tomar) situada na bordadura da Orla Meso-Cenozóica Ocidental, ou no seio de formações mais recentes. Foram inicialmente descritos por P. Choffat, no séc. XIX, que os designou como Grés de Silves, revisitados por estudos de Carvalho nos anos 50 do séc. XX, Palain, em 1976, definiu três megassequências positivas – A, B e C – dentro deste grupo. Geólogos de Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, incluindo Soares, consideraram nos anos oitenta do séc. XX a unidade como um Grupo que compreende três sub-unidades litostratigráficas. Rocha et al, nos anos 80 e 90, procederam também a uma reorganização pontual do grupo. Penela tem bem presentes nas imediações do castelo, os termos A1, A2 e B1 de Palain. Foi este o mote para o que a Fernanda Filipe e o João Relvas mostrassem ontem aos participantes da acção integrada no programa de Geologia no Verão: Evolução geodinâmica da Bacia Lusitânica no Mesozóico da responsabilidade do Centro Ciência Viva de Coimbra – Exploratório Infante D. Henrique. Termo A1 de Palain do Grés de Silves, Triásico, Penela.
Termo A2 de Palain do Grés de Silves, Triásico, Penela.
Contacto entre os termos A2 e B1 de Palain, Triásico, Castelo de Penela.
Geologia no Verão: Grés de Silves no castelo de Penela
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